quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Por uma nova forma de ensinar


Não existe um modelo padrão de ensino. Cada escola deve se organizar para atender seus alunos. Quem defende a ideia é o educador José Pacheco que , por mais de 30 anos, dirigiu a inovadora Escola da Ponte , em Portugal , onde o aprendizado é pautado pela confiança entre estudante e professor: não há sala de aulas tradicionais , grade curricular ou provas. Os bons resultados da instituição dão a Pacheco autoridade para questionar o método de ensino atual. Na era das redes sociais,  ele defende o compartilhamento do conteúdo escolar pelos alunos, levando a uma construção coletiva do saber. O educador também classifica como "miserável" a formação dos professores no Brasil. 


— Nada acontece de diferente quando a teoria antecede a prática. É preciso uma ruptura com os modelos convencionais, em busca de uma nova escola, que se organize em torno dos valores que unem as pessoas atendidas. A escola não é um edifício, mas um espaço social — comenta o português, que participará do Conecta, evento sobre novas tecnologias e educação, que ocorre quarta e quinta-feira, no Rio.


   José Pacheco é um dos idealizadores da Escola da Ponte, na pequena Vila das Aves, a 30 quilômetros do Porto. Na instituição, os alunos se agrupam de acordo com sua área de interesse. Não há divisão por séries. Monitorados por professores, o estudante faz seu plano de metas baseado no conteúdo sugerido pelo Ministério da Educação. A metodologia ganhou fama global. Encantado, o escritor e educador Rubem Alves escreveu trabalhos como “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” (2003).



O educador português José Pacheco

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